No coração do Brasil, a remuneração dos profissionais de segurança pública, incluindo policiais militares e bombeiros, torna-se um assunto de destaque nacional, refletindo não apenas a valorização desses profissionais indispensáveis mas também os desafios enfrentados em distintos estados. O Mato Grosso se destaca com uma remuneração média que coloca seus policiais militares e bombeiros entre os mais bem pagos do país, com salários de R$ 10.577 e R$ 10.306, respectivamente. Esses números, contudo, contrastam com a realidade de outros estados, como o Ceará, onde policiais militares recebem a menor remuneração líquida do Brasil, cerca de R$ 4.157, e o Rio Grande do Norte, com a menor média salarial para bombeiros, em R$ 5.163.
O Amazonas se sobressai ao oferecer aos policiais civis a maior remuneração entre as três forças de segurança atuantes em todos os estados brasileiros, um salário médio impressionante de R$ 16.393, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Este levantamento ilumina a complexidade da estrutura salarial no país, revelando diferenças significativas que demandam atenção e ação.
No entanto, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Mato Grosso (ACS-MT) questiona os números apresentados, apontando para uma discrepância notável entre os dados divulgados e a realidade vivenciada pelos militares estaduais. Segundo o Portal Transparência do Estado, a remuneração inicial de um soldado é de R$ 5.727,09, uma diferença substancial que não pode ser ignorada.
Esta distorção nas estatísticas publicadas cria uma imagem equivocada, sugerindo que os profissionais de segurança pública desse estado estão em uma situação financeira mais confortável do que a realidade permite. Este equívoco não apenas desvaloriza o trabalho árduo e essencial desses heróis da segurança pública mas também mascara a urgente necessidade de reestruturação na carreira, unificação de quadros de promoção e reconhecimento adequado do valor de seu trabalho.
A realidade, marcada por cerca de uma década sem ganho real nos subsídios e uma posição entre as remunerações mais baixas das carreiras de segurança pública em Mato Grosso, reflete uma situação de descontentamento e frustração entre os policiais e bombeiros militares. Eles clamam por medidas que garantam não apenas sua segurança financeira e bem-estar mas também a capacidade de prestar um serviço de qualidade à população.
É imperativo, portanto, que se reconheça a complexidade dessa questão e se empreendam esforços para corrigir as distorções e garantir uma justa valorização dos profissionais de segurança pública. Eles são, afinal, pilares fundamentais na manutenção da ordem e da paz, merecedores de todo o respeito e apoio da nação. A segurança pública, essencial para o desenvolvimento e bem-estar de qualquer sociedade, depende diretamente do reconhecimento e da valorização desses bravos homens e mulheres que dedicam suas vidas à proteção de todos.
Eis a íntegra da nota da ACS-MT:
“A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS-MT) recebeu com estranheza conteúdos veiculados na mídia com enunciados de que os militares de Mato Grosso teriam os maiores salários do país. Os textos trazem como fonte o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e valores na casa dos R$ 10.577 para os policiais e R$ 10.306 para os bombeiros. Tais números são incompatíveis com a realidade dos militares no estado.
“O Portal Transparência do Estado de Mato Grosso mostra que a remuneração inicial soldado em é de R$ 5.727,09, bruto.
Afirmar que os policiais militares e bombeiros de Mato Grosso têm o maior salário médio do país é, no mínimo, enganoso, pois utilizam números remuneratórios não condizentes com a realidade. A discrepância entre o valor real (R$ 5.727,09) e o que foi divulgado (R$ 10.577 ) é gritante e não pode ser ignorada.
Essa distorção publicada nas estatísticas pode ter sérias consequências. Primeiramente, ela cria uma falsa imagem de que os profissionais da segurança pública são remunerados de forma justa e condizente com a importância de seu trabalho.
Quando a realidade é que atualmente os militares estaduais amargam cerca de 10 anos sem ganho real no seu subsídio, além de que a categoria dos praças militares está entre as com menor remuneração nas carreiras da segurança Pública em Mato Grosso.
“Os policiais e bombeiros militares de Mato Grosso estão frustrados com a falta de valorização salarial, necessitam urgentemente de uma reestruturação na carreira, unificação de quadros de promoção, medidas que irão reconhecer o valor de seu trabalho e garantir sua segurança financeira e bem-estar para prestar um serviço de qualidade à população.
Portanto, é imprescindível que sejam feitos esforços para corrigir essa distorção e garantir que esses profissionais sejam devidamente valorizados pelo seu serviço à sociedade Mato-grossense.”
Com informações de Poder 360