O ministro do STF André Mendonça determinou que Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti não têm obrigação de depor à CPMI do INSS, instalada para investigar fraudes bilionárias no instituto.
A decisão motivou o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a anunciar que recorrerá ao Supremo por meio de mandado de segurança, buscando garantir os depoimentos.
Antunes e Camisotti foram detidos na última sexta-feira (12.set), sob suspeita de risco de fuga e ocultação de patrimônio, envolvendo descontos irregulares que teriam rendido cerca de R$ 53,58 milhões a Antunes e ganhos ilegais a Camisotti.
A CPMI, que funciona por 180 dias com possibilidade de prorrogação, pretende mapear o esquema, responsabilizar envolvidos, calcular prejuízos, rastrear o caminho do dinheiro, identificar falhas institucionais e propor mudanças legislativas para prevenir fraudes futuras, estimadas em R$ 6,3 bilhões.