Mercadante minimiza tarifa de Trump e tenta politizar questão comercial

Presidente do BNDES reage com ironia, mas evita autocrítica sobre vulnerabilidade brasileira

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Mercadante minimiza tarifa de Trump e tenta politizar questão comercial
Reprodução Veja

No Rio de Janeiro, diante de Al Gore, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reagiu à tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros, como o café, com piada: “Só cuidado na alfândega se não vai ter que pagar 50% para entrar com o café [nos EUA]”.

A fala, em tom de deboche, foi seguida de críticas ao que chamou de “ataque comercial”, mas sem reconhecer falhas internas que fragilizam o país diante de medidas externas.

Mercadante apontou que os EUA têm no Brasil o sexto maior superávit comercial, mas ignorou que insegurança jurídica, instabilidade política e decisões polêmicas do Judiciário afastam investidores e elevam tensões diplomáticas.

A tarifa, válida desde 6 de agosto, também foi motivada por divergências políticas envolvendo o STF e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao politizar o episódio, Mercadante expôs mais preocupação com o discurso do que com soluções concretas para proteger setores estratégicos da economia.