Um recente levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta para um declínio nos preços da carne de frango durante o mês de janeiro. De acordo com os pesquisadores, a redução nos valores foi impulsionada por uma maior oferta interna, consequência direta da diminuição nas exportações e de uma demanda doméstica abalada por fatores como despesas adicionais enfrentadas pela população e o recesso escolar.
No mercado atacadista da Grande São Paulo, observou-se que o preço médio do frango inteiro resfriado situou-se em R$ 7,03 por quilograma no início do ano, marcando um decréscimo de 2,6% em comparação ao mês de dezembro de 2023. Similarmente, o frango congelado registrou uma queda de 2,5%, com o preço ajustado a R$ 7,04 por quilograma. Entretanto, o preço do frango vivo manteve-se relativamente estável, refletindo a estratégia adotada pelo setor de adequar o alojamento de aves de corte à demanda interna. O valor médio pago pelo animal no estado de São Paulo foi de R$ 5,11 por quilograma, apresentando uma variação negativa de apenas 0,2% em relação ao mês anterior.
É importante destacar que, em junho de 2023, o preço do frango vivo atingiu o patamar mais baixo desde fevereiro de 2021, cotado a R$ 4,44 por quilograma. Este cenário evidencia os desafios enfrentados pelo setor avícola nacional, que se vê obrigado a navegar por um ambiente de mercado cada vez mais complexo e volátil, marcado por oscilações na oferta e demanda tanto no âmbito doméstico quanto no internacional.
Este panorama reforça a necessidade de uma gestão estratégica eficiente por parte dos produtores e distribuidores, buscando minimizar os impactos econômicos adversos e garantir a sustentabilidade do setor avícola brasileiro. Em um contexto de incertezas, a resiliência e a capacidade de adaptação emergem como qualidades indispensáveis para superar as adversidades e manter a competitividade no mercado global.