Mercado da soja segue sequência de altas e baixas aguardando safra no Brasil; hoje começou em baixa

Análise das tendências do mercado de soja e impactos econômicos esperados para 2024

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Mercado da soja segue sequência de altas e baixas aguardando safra no Brasil; hoje começou em baixa
Foto: Wenderson Araujp / Trilux / EBC

Nesta manhã de quinta-feira (28), o mercado da soja experimentou uma leve retração na Bolsa de Chicago. Essa queda, caracterizada por uma diminuição modesta de 1,00 a 1,75 pontos, representa um ajuste após as altas observadas na sessão anterior. As posições mais negociadas indicavam o janeiro cotado a US$ 13,15 e o maio a US$ 13,28 por bushel, conforme registrado por volta das 9h (horário de Brasília).

Atualmente, o clima no Brasil aparece como o principal fator de influência nas cotações da soja em Chicago. O mercado está em um estado de espera, buscando compreender o real volume da oferta na América do Sul, especialmente no Brasil. Até que essa clareza seja alcançada, segundo analistas, é provável que os preços continuem a apresentar um comportamento lateralizado.

As previsões climáticas apontam para uma melhoria nas condições de chuva nos primeiros dias de 2024. Entretanto, os mapas meteorológicos indicam que, a partir do final de semana, precipitações mais intensas podem atingir regiões do Matopiba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e o Rio Grande do Sul.

Além dos fatores climáticos, o comportamento da demanda também é um aspecto crucial a ser monitorado nestes últimos dias do ano. Adicionalmente, o cenário macroeconômico pode exercer uma influência significativa no comportamento dos preços das commodities no início de 2024.

Conforme destacado pelos analistas da Agrinvest, esta quinta-feira (28) marca o último dia de negócios do ano no Brasil. A B3 não realizará negociações na sexta-feira (29).

No contexto do mercado de commodities, poucas alterações são esperadas. Contudo, o mercado financeiro aguarda com expectativa o posicionamento do ministro da economia Fernando Haddad, marcado para as 10h da manhã. Haddad deve discutir as novas medidas de arrecadação destinadas a compensar a renúncia fiscal proveniente da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Este ajuste fiscal seria o 13° aumento de impostos/arrecadação do governo Lula, que foi evitado graças a uma rápida intervenção do Congresso, impedindo a suspensão da desoneração.

Adicionalmente, um especial de final de ano está programado para ir ao ar nesta sexta-feira (29), às 9h da manhã, com o economista da Farsul, Antônio da Luz. O programa promete trazer uma análise detalhada da economia de 2023, expectativas para 2024 e o papel do setor agropecuário neste cenário. O público está convidado a assistir à entrevista, que promete ser repleta de análises e informações valiosas.