O mercado financeiro reagiu com apreensão ao mais recente boletim econômico divulgado nesta segunda-feira (16), após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano. A medida, embora necessária para conter a inflação, reflete os desafios gerados por políticas fiscais que colocam em risco a estabilidade econômica do país. Segundo o Boletim Focus, novas altas na taxa básica de juros não estão descartadas, devido à crescente pressão inflacionária.
A pesquisa, que consolida análises de economistas, revisou para cima as projeções inflacionárias. A expectativa para o IPCA em 2024 subiu de 4,84% para 4,89%, com um cenário ainda mais preocupante para os anos seguintes. Além disso, a taxa acumulada de 12 meses atingiu 4,87% em novembro, demonstrando o impacto das decisões econômicas sobre os preços. O dólar também segue em alta, com projeções indicando que a moeda americana pode alcançar R$ 5,99 ao final de 2024, evidenciando incertezas no câmbio.
Enquanto isso, as estimativas de crescimento do PIB foram ajustadas levemente para cima, com a previsão para 2024 subindo de 3,39% para 3,42%. Contudo, o impacto das oscilações fiscais e cambiais limita a possibilidade de um avanço significativo. As medidas do governo, centradas em gastos públicos, minam a confiança de investidores e penalizam a população, que segue enfrentando os efeitos de uma inflação persistente e juros elevados.