Luiz Inácio Lula da Silva chega à 79ª Assembleia Geral da ONU em Nova York com um discurso ambicioso sobre a reforma de instituições multilaterais e a crise climática. No entanto, o momento delicado que o Brasil atravessa, marcado por uma severa seca e incêndios florestais fora de controle, coloca em evidência a fragilidade da gestão ambiental do governo petista. Enquanto busca responsabilizar as nações mais ricas, Lula enfrenta críticas internas por sua incapacidade de controlar os incêndios e gerenciar a questão ambiental.
A União Europeia já se prepara para adotar sanções mais rígidas, proibindo a partir de 2025 a importação de produtos de áreas desmatadas ilegalmente. Apesar das tentativas do governo de reverter a decisão, o Brasil segue na mira internacional. O discurso ambiental de Lula, baseando-se na narrativa de que os incêndios são, em grande parte, criminosos, perde força com a falta de provas concretas, o que dificulta a obtenção de recursos internacionais.
O cenário nacional contrasta com a proposta global apresentada por Lula. Mesmo admitindo que o Brasil não está preparado para lidar com a crise das queimadas, o presidente pretende utilizar o país como exemplo de impacto das mudanças climáticas. Essa dualidade entre o discurso internacional e a realidade interna reflete as dificuldades do governo em controlar os desafios ambientais e responder às críticas que crescem tanto na oposição quanto na mídia.