O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (22) que a meta de inflação de 3% é "exigentíssima" e "inimaginável" para as condições do Brasil. Segundo ele, os núcleos de inflação estão abaixo da meta e os principais indicadores econômicos, como desemprego e notas de crédito, são positivos. "Parece haver um fantasminha que tenta fazer a cabeça das pessoas do contrário", disse Haddad, criticando a desconfiança gerada por tais rumores.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Haddad explicou que a inflação oficial de 2022 foi maquiada, e que a verdadeira taxa seria mais alta sem a redução do ICMS sobre combustíveis. Ele defendeu a harmonia entre políticas monetária e fiscal, destacando que a Selic está em 10,5%, enquanto a inflação projetada é de 3,70%. "Estamos andando num campo muito restritivo de política monetária", afirmou o ministro.
Haddad também abordou a reoneração dos combustíveis, destacando a coragem do presidente Lula em tomar medidas necessárias em meio a uma crise. Ele criticou o governo anterior por deixar gastos fora do orçamento, e defendeu a atual equipe econômica por fazer ajustes sem prejudicar famílias trabalhadoras e programas sociais. "Estamos resolvendo o problema fiscal que foi herdado, não produzido", concluiu Haddad.