Uma investigação da Associated Press revelou que a Microsoft, por meio do Azure Marketplace na China, hospeda softwares que apoiam diretamente a máquina de censura do regime comunista. Entre eles, Data Grand, capaz de identificar automaticamente textos “políticos ou pornográficos”, e Tezign, que detecta conteúdos sensíveis em imagens e vídeos.
Ambas as empresas participaram de programas de aceleração da Microsoft em 2017 e 2018, e continuaram recebendo suporte, incluindo acesso a tecnologias da OpenAI em 2024. A prática evidencia como multinacionais do setor de tecnologia podem colaborar com governos autoritários sob o pretexto de serviços comerciais.
Críticos alertam que, ao oferecer ferramentas de vigilância e controle, empresas como a Microsoft tornam-se cúmplices da repressão à liberdade de expressão e do monitoramento massivo da população, ampliando o poder de regimes autoritários sobre a informação e a sociedade.