O presidente da Argentina, Javier Milei, demitiu nesta terça-feira (25) o ministro da Infraestrutura, Guillermo Ferraro, por vazamento de informações sigilosas. O desligamento de Ferraro ocorreu após alegações de que ele teria repassado informações confidenciais de uma reunião crucial entre Milei, ministros e governadores provinciais, parte dos esforços do governo para avançar suas reformas econômicas no Congresso.
As informações vazadas teriam sido utilizadas por adversários políticos de Milei para atacar o governo e dificultar a aprovação das reformas econômicas. Em uma publicação nas redes sociais, Milei acusou Ferraro de "traição" e "falta de ética".
O ex-ministro negou as acusações e disse que não teve nada a ver com o vazamento. Ele afirmou que foi vítima de uma "armação" de seus inimigos políticos.
A demissão de Ferraro é a primeira de um membro do Gabinete de Milei desde sua posse, em 10 de dezembro. O presidente, conhecido por suas políticas de enxugamento da máquina pública, já havia reduzido o número de ministérios de 18 para 9.
Em uma publicação na rede social X, Milei sinalizou a possibilidade de eliminar também o Ministério da Infraestrutura. Ele compartilhou a opinião de um apoiador sugerindo que as responsabilidades do ministério sejam transferidas para a equipe do ministro da Economia, Luis Caputo.
A medida seria coerente com as políticas de austeridade fiscal de Milei, que visam reduzir o tamanho do Estado e o déficit público.