Militares da Guiné-Bissau tomaram o poder nesta quarta-feira, com anúncio da deposição do presidente Umaro Sissoco Embaló pelo porta-voz Diniz N'Tchama na TV estatal.
Foi formado o "Alto Comando Militar para Restauração da Ordem", que assumirá o controle do país “até novo aviso”. Fronteiras foram fechadas e toque de recolher imposto. Embaló confirmou a deposição à France 24, mas seu paradeiro permanece desconhecido.
O Exército alegou fraudes no processo eleitoral e citou a influência de “barões das drogas nacionais e estrangeiros” como justificativa para a intervenção. Guiné-Bissau é conhecida como rota estratégica do tráfico de cocaína rumo à Europa.
O comunicado militar denunciou um suposto plano de desestabilização orquestrado por políticos e traficantes, em meio a um histórico de instabilidade política crônica no país de cerca de 2 milhões de habitantes.