O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que o Ministério da Cultura possui 29,7 mil projetos sem análise de prestação de contas, totalizando R$ 22 bilhões em verbas públicas sem destinação verificada. Para efeito de comparação, o Bolsa Família consome cerca de R$ 13 bilhões por mês.
O órgão de controle destacou que o acompanhamento é feito em planilhas de Excel alimentadas manualmente e que servidores não dominam conceitos básicos de controle de prazos. Até 1,3 mil projetos já prescreveram, tornando impossível exigir ressarcimento, com recursos que podem chegar a R$ 1,2 bilhão. O TCU classificou a situação como “desgovernança generalizada” e apontou “ações ineficazes” na gestão de Margareth Menezes.
Apesar das promessas de solução feitas pela ministra em abril, o passivo aumentou. O ministério argumentou que os dados são preliminares e que gestões anteriores teriam mascarado a situação, reforçando a necessidade de medidas efetivas de controle e transparência.