Ministério da Justiça mergulha em crise com denúncias de assédio e abuso de poder

Denúncias de assédio e abuso de poder expõem contradições e omissões dentro do governo

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Ministério da Justiça mergulha em crise com denúncias de assédio e abuso de poder
Nelson Jr./STF

O Ministério da Justiça enfrenta uma nova turbulência com graves denúncias de assédio e abuso de poder dentro da Diretoria de Cidadania e Alternativas Penais (Dicap). Pelo menos 15 servidores acusam Mayesse Silva Parizi e Suzana Inês de Almeida e Silva de perseguições, humilhações e demissões arbitrárias. As denúncias foram registradas na Controladoria-Geral da União, ampliando a pressão sobre o ministro Ricardo Lewandowski, que até o momento permanece em silêncio.

A situação expõe o descompasso entre o discurso e a prática do governo, que se apressou em afastar Silvio Almeida diante de acusações semelhantes, mas reluta em tomar providências contra abusos dentro da Justiça. A ausência de resposta só reforça a seletividade na forma como o governo lida com escândalos internos, protegendo aliados enquanto pune adversários.

O episódio escancara a fragilidade da gestão, que insiste em discursos vazios sobre direitos e transparência, mas ignora as vítimas quando as denúncias recaem sobre sua própria estrutura. A crescente insatisfação dos servidores e da sociedade deixa claro que o problema vai além de indivíduos: é reflexo de um governo desacreditado, cada vez mais atolado em sua própria hipocrisia.