O Ministério Público da Itália afirmou que a deputada Carla Zambelli “não corre risco de violação de direitos humanos” caso seja extraditada ou retorne ao Brasil. O parecer, enviado à Justiça italiana, sustenta que a parlamentar teve “ampla defesa” e que sua condenação se baseia em “múltiplas provas consistentes”, incluindo documentos e gravações repetindo, quase literalmente, a narrativa do Judiciário brasileiro.
A posição italiana surpreende observadores jurídicos, já que ignora o contexto de perseguição política enfrentado por opositores no país. O parecer chancela decisões questionáveis de tribunais brasileiros, frequentemente criticados por seletividade e parcialidade.
Ao tratar um caso de evidente conotação política como mera questão criminal, o MP italiano expõe-se ao papel de legitimador de abusos. O episódio revela como a desinformação institucional pode atravessar fronteiras quando a diplomacia é pautada por conveniência ideológica.