A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prestou depoimento à Polícia Federal, revelando episódios de assédio sexual sofridos pelo ex-ministro Silvio Almeida. O caso, que se arrasta desde 2022, envolve toques inapropriados durante reuniões oficiais. O escândalo não apenas abalou o já desgastado governo Lula, como também trouxe à tona a possível omissão de figuras influentes da esquerda, que teriam conhecimento das denúncias, incluindo a primeira-dama Janja da Silva.
A denúncia teve impacto devastador, especialmente porque escancara a hipocrisia de um governo que se diz comprometido com os direitos das mulheres, mas permanece passivo diante de abusos em suas próprias fileiras. Almeida foi demitido após revelações vindas à público, mas questiona-se o motivo do silêncio prolongado de membros do alto escalão. Tal omissão levanta dúvidas sobre a verdadeira prioridade do governo ao tratar questões éticas.
Se comprovada a inércia das autoridades, a Polícia Federal pode abrir novas investigações. Esse caso, que deveria ser um exemplo de combate a abusos, pode se tornar um símbolo da conivência e despreparo da esquerda.