O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, revelou que o governo está disposto a desistir do leilão de compra de arroz importado, caso surjam alternativas viáveis para controlar a alta de preços e evitar desabastecimento causado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Essa mudança ocorre após o cancelamento da primeira tentativa de leilão, marcada por alegações de irregularidades, descritas pelo presidente Lula como "falcatrua". Fávaro criticou a demora na demissão do diretor da Conab, Thiago José dos Santos, responsável pelo leilão.
Em meio às negociações do Plano Safra, Fávaro ressaltou a necessidade de seu colega Fernando Haddad, ministro da Fazenda, definir se conterá os gastos ou atenderá às demandas dos produtores. A demissão de Neri Geller, secretário de Política Agrícola, por envolvimento de ex-assessores no leilão, foi comparada à postura de Itamar Franco ao afastar e reintegrar seu ministro após investigações. Fávaro, contudo, enfatizou que suas decisões são pautadas por princípios próprios, sugerindo diferenças na abordagem do governo em casos de corrupção.