A Procuradoria-Geral da República denunciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O esquema envolve o desvio de emendas parlamentares destinadas à Codevasf. Segundo a investigação, Juscelino, à época deputado, teria direcionado recursos para um município comandado por sua irmã e recebido propina por meio de empresas de fachada.
O processo tramita no STF e está nas mãos de Flávio Dino, que decidirá se aceita ou não a denúncia. A escolha do relator levanta questionamentos sobre imparcialidade, já que ambos integram o mesmo círculo de confiança do atual governo. A denúncia formal cumpre a condição que Lula estabeleceu para avaliar o afastamento de Juscelino: “Só depois de uma acusação”.
A permanência do ministro, diante da gravidade dos fatos, compromete ainda mais a já abalada imagem de um governo que se diz defensor da ética pública, mas que segue cercado por escândalos e apadrinhamentos.
