Durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux manifestou forte ceticismo em relação à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Apesar de votar pela manutenção do acordo validado por Alexandre de Moraes, Fux questionou a multiplicidade de versões apresentadas pelo delator, colocando em dúvida sua credibilidade.
Fux destacou que Cid prestou nove colaborações diferentes, sempre adicionando novos elementos ao longo do tempo. “Vejo com muita reserva essas mudanças sucessivas”, afirmou. A ministra Cármen Lúcia compartilhou da mesma preocupação, ponderando que, embora não haja motivo imediato para invalidar o pacto, o tema merece reexame se persistirem contradições.
O STF segue analisando se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Cid, Bolsonaro e outros sete investigados. Caso a 1ª Turma do tribunal acolha a acusação, os envolvidos se tornarão réus, dando início à fase de instrução penal, que inclui oitivas e apresentação das alegações finais.
