O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para sair do litoral baiano e ir a Brasília, mesmo estando oficialmente de férias. A justificativa foi uma reunião de última hora com o presidente, mas, após o compromisso, ele retornou ao descanso utilizando novamente a aeronave oficial. O detalhe incômodo: havia voos comerciais disponíveis para o deslocamento.
As normas da FAB permitem voos para ministros apenas em situações de emergência, segurança ou compromissos de trabalho, o que não se aplica a um deslocamento durante as férias. O episódio se soma a outro ocorrido em 2023, quando Juscelino usou um avião da FAB para ir a um leilão de cavalos em São Paulo. Na ocasião, a Comissão de Ética da Presidência arquivou a investigação.
Enquanto cidadãos lidam com passagens caras e voos lotados, autoridades fazem uso indiscriminado dos recursos públicos. O caso expõe a velha prática de privilégios na alta cúpula governamental, com justificativas frágeis e decisões que desafiam o bom senso.