Ministros de Lula acumulam salários altos em entidades do sistema S

Em total desrespeito à transparência, ministros recebem valores vultuosos sem a devida divulgação pública, burlando a Lei de Acesso à Informação

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Ministros de Lula acumulam salários altos em entidades do sistema S
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministros do governo Lula estão aproveitando cargos em conselhos do Sistema S para acumular salários generosos. Alexandre Padilha, chefe da Secretaria de Relações Institucionais, recebeu R$ 257 mil em 2023 por sua participação no Sesc, mesmo tendo comparecido a apenas duas reuniões. Já Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, arrecadou R$ 129 mil no Senac. No entanto, os valores pagos a outros ministros, como Luiz Marinho e Camilo Santana, não foram revelados, violando a Lei de Acesso à Informação (LAI), que exige transparência.

A Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que entidades como o Sesc e o Senac são obrigadas a divulgar esses pagamentos, mas a Transparência Brasil aponta que as omissões evidenciam um desrespeito à legislação. Além desses dois órgãos, ministros do governo Lula também ocupam postos em empresas como Itaipu Binacional e Apex Brasil, onde os pagamentos a conselheiros, como os de Fernando Haddad e Rui Costa, também são mantidos em segredo.

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2023 isentou esses pagamentos do teto salarial do serviço público, permitindo que ministros como Padilha e Macêdo recebessem valores extras além de seus altos salários. Em vez de focarem nas necessidades do país, esses ministros parecem priorizar seus ganhos pessoais, mostrando o verdadeiro caráter da administração petista.