Após mais de um mês de buscas incessantes, a Força Nacional de Segurança Pública encerrou sua participação na operação para capturar os dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A frustrante conclusão da missão, que consumiu quase R$ 2 milhões em recursos públicos, reacende o debate sobre a fragilidade do sistema prisional brasileiro e a ineficiência das políticas de segurança pública implementadas pelo governo federal.
A fuga cinematográfica dos presidiários, considerada um acinte à ordem pública e à segurança da população, evidenciou as graves falhas na gestão das penitenciárias federais, tidas como bastiões de segurança máxima. A inabilidade das autoridades em recapturar os foragidos, mesmo com o dispendioso emprego da Força Nacional, reforça a sensação de insegurança que assola o país e corrobora a crença de que o sistema carcerário brasileiro está à beira do colapso.
Ineficiência e Desperdício:
O alto custo da operação, que consumiu quase R$ 2 milhões em apenas um mês, sem alcançar o objetivo principal, levanta sérias dúvidas sobre a gestão dos recursos públicos destinados à segurança pública. A frustração da missão torna ainda mais evidente a necessidade de uma profunda reformulação das políticas de segurança, com foco na racionalização dos gastos e na otimização dos resultados.
A postura reticente do Ministério da Justiça e Segurança Pública em fornecer informações detalhadas sobre a operação, ignorando os pedidos de contato da imprensa, alimenta a desconfiança da população e reforça a percepção de que o governo federal busca ocultar falhas e maquiar a realidade. A transparência é um pilar fundamental em qualquer regime democrático, e a omissão de informações por parte das autoridades só contribui para aumentar a descrença nas instituições públicas.
A fuga dos detentos de Mossoró representa um duro golpe para a imagem do governo federal e para a credibilidade das Forças de Segurança. O episódio serve como um alerta para a necessidade urgente de medidas concretas para fortalecer o sistema prisional, investir em inteligência e tecnologia para prevenir fugas e garantir a segurança da população.
A ineficiência da operação em Mossoró demonstra que o combate à criminalidade exige mais do que ações pontuais e dispendiosas. É necessário um planejamento estratégico abrangente, com foco na prevenção, na ressocialização dos presos e na profissionalização das Forças de Segurança.