O ministro Alexandre de Moraes, ao instaurar um inquérito para investigar o vazamento de mensagens de servidores de seu gabinete, mais uma vez atraiu os olhares críticos de quem valoriza a transparência e o devido processo legal. A decisão, tomada de forma unilateral e mantida em sigilo, sem a devida consulta ao Ministério Público Federal (MPF), acende um alerta sobre a falta de clareza e as reais motivações por trás dessa ação.
Apesar do apoio público de figuras como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, o sigilo mantido sobre os argumentos que justificam o inquérito e a ausência de uma portaria divulgada alimentam especulações sobre a natureza dessa investigação. A tentativa de minimizar o conteúdo das conversas vazadas, afirmando não haver nada a esconder, contrasta com a falta de transparência que permeia o processo.
Esse episódio reforça a necessidade de que o Judiciário mantenha suas ações dentro dos limites da legalidade, evitando manobras que possam ser interpretadas como abuso de poder. O conservadorismo preza por um Estado onde as instituições atuem com clareza e responsabilidade, sem concessões a práticas que possam comprometer a confiança pública.