Moraes impõe sigilo extremo em investigação sobre suposto "golpe"

Medida extrema visa garantir segurança, mas levanta questionamentos sobre transparência

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Moraes impõe sigilo extremo em investigação sobre suposto "golpe"
 Foto: Fellipe Sampaio / STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou um sigilo absoluto no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e outros 36 investigados. A medida, classificada como grau 4-5, tem gerado discussões sobre a transparência das investigações e o papel do STF no controle do processo. Embora Moraes justifique a necessidade de proteção diante da gravidade das acusações, essa decisão limita o acesso público aos detalhes da apuração.

O inquérito, com 884 páginas, revela um alegado plano para desestabilizar as instituições democráticas, incluindo o assassinato de figuras políticas chave. Com Bolsonaro e militares sendo indiciados, a investigação se torna um ponto crucial para o futuro político do Brasil. Moraes também ordenou que o trabalho fosse realizado com máxima segurança, com desconexão de internet e acesso restrito.

O relatório final, que será encaminhado à Procuradoria-Geral da República, promete ser um divisor de águas na análise das investigações. Especialistas aguardam que, ao final de 2024, o caso resulte em denúncias formais, enquanto o país observa a manutenção de um sigilo tão rígido sobre um tema de tamanha relevância pública.