O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou à Procuradoria-Geral da República um pedido para analisar a apreensão do passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A iniciativa atende a uma notícia-crime de parlamentares do PT, que acusam o deputado de promover reações contra o STF junto a políticos norte-americanos. O movimento ocorre após Eduardo ter articulado com congressistas dos EUA um projeto de lei que impediria a entrada de autoridades estrangeiras que violem direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição americana.
A ofensiva contra Eduardo Bolsonaro expõe a crescente tensão entre o Judiciário brasileiro e parlamentares dos Estados Unidos, que já manifestaram preocupação com as decisões de Moraes, especialmente em relação ao bloqueio de plataformas digitais. O congressista americano Richard McCormick (Partido Republicano) denunciou o ministro por "usar a Justiça como arma para fraudar as eleições de 2026" e pediu sanções contra ele. A reação de políticos estrangeiros indica que os excessos do Judiciário brasileiro não passam despercebidos.
Nas redes sociais, Eduardo ironizou a decisão de Moraes ao publicar uma imagem do ministro caracterizado como Luís XIV, o monarca absolutista francês, acompanhado da famosa frase "O Estado sou eu". Além disso, apontou que sua inclusão em investigações sobre os eventos de 8 de janeiro foi "absolutamente do nada" e representa mais uma violação dos princípios constitucionais. O ex-presidente Jair Bolsonaro também reagiu, classificando o episódio como "perseguição implacável", escancarando o uso do Judiciário para sufocar adversários políticos.
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