O ministro Alexandre de Moraes autorizou parcialmente que a defesa de Filipe Martins utilize slides durante o julgamento desta terça-feira, 9, mas vetou a exibição de um vídeo e três imagens, considerando-os irrelevantes, impertinentes ou de caráter tumultuário. A apresentação visual poderá ser usada, desde que previamente revisada e aprovada pelo magistrado. A ironia é que Moraes costuma recorrer extensivamente a recursos visuais em seus próprios votos, especialmente em casos ligados ao 8 de Janeiro e supostos golpes.
Martins é acusado de articular uma minuta de golpe e de ter apresentado o documento a Bolsonaro em novembro de 2022. A Polícia Federal cita registros de entrada do réu nos EUA via Orlando, mas o Department of Homeland Security informou que os dados não correspondem à realidade, ainda sob apuração.
O Núcleo 2 do processo envolve, além de Martins, Fernando Oliveira, Coronel Câmara, General Mário Fernandes, Marília Alencar e Silvinei Vasques. Moraes mantém controle rigoroso sobre a estratégia da defesa, decidindo unilateralmente quais documentos são aceitos, reforçando a centralização do julgamento em suas mãos.