Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, teve negado o direito de circular livremente por Brasília durante seu julgamento no STF. A decisão partiu de Alexandre de Moraes, que impôs trajeto restrito entre aeroporto, hotel e Supremo, tratando o acusado como culpado antecipadamente. A alegação da defesa sobre desproporcionalidade das medidas foi ignorada.
O julgamento ocorre entre os dias 22 e 23 de abril, envolvendo Martins e outros cinco nomes que, segundo a PGR, integrariam um núcleo conspiratório. Moraes também proibiu qualquer tipo de imagem, foto ou vídeo durante o deslocamento ou sessão, sob a justificativa de evitar “exploração política”.
Na prática, a censura reforça a face autoritária do processo: impedem-se registros, abafam-se vozes e molda-se a narrativa única. Tudo isso em nome de uma “integridade” que, na realidade, mascara um tribunal onde o contraditório foi expulso há tempos.
