Moraes se rende ao jogo político e ignora o pedido por justiça

Ministro do STF tenta se alinhar ao Congresso, mas ignora o clamor popular por anistia dos envolvidos no 8 de janeiro

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Moraes se rende ao jogo político e ignora o pedido por justiça
 Foto: Carlos Moura SCO STF

Alexandre de Moraes, ao longo de sua trajetória no STF, demonstrou um viés autoritário e uma postura firme nas decisões que envolvem a polarização política no Brasil. Contudo, em meio ao crescente movimento que pede a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Moraes optou por uma aproximação estratégica com o Congresso, intensificando sua articulação política com figuras como os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Sua tentativa de suavizar decisões passa longe de uma real busca por justiça, mais parecendo uma tentativa de garantir apoio e blindar sua posição.

A recente flexibilização nas decisões de Moraes, como a revogação da prisão de Débora dos Santos e a autorização de visitas a detidos políticos, só evidencia a tentativa de seu lado mais político, em detrimento da imparcialidade que deveria ter como ministro. Sua postura não reflete interesse em manter a integridade da justiça, mas sim a busca por estabilidade pessoal dentro de um jogo político cada vez mais desgastado.

A anistia, por outro lado, surge como uma resposta legítima ao descompasso entre a justiça e o que o povo clama. Se há um movimento de perdão, este deveria ser acompanhado de uma ação concreta que restabelecesse o equilíbrio, e não de um novo jogo de poder que apenas fortalece a polarização.