O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, está na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto uso indevido de redes sociais e disseminação de desinformação durante a campanha. A Polícia Federal identificou intensa atividade em sua conta no X (antigo Twitter), incluindo a divulgação de conteúdo irregular, o que gerou preocupação sobre a lisura do processo eleitoral. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que a gravidade da situação pode levar à cassação de seu registro e inelegibilidade.
As investigações destacam uma série de postagens irregulares realizadas nos dias 2 e 5 de outubro, quando vídeos de campanha foram divulgados fora dos limites legais. Moraes frisou que o uso contínuo da conta mesmo após suspensões reflete uma tentativa deliberada de manipulação digital, caracterizando abuso de poder econômico e uso indevido de comunicação. "Essa conduta representa uma séria ameaça à legitimidade do pleito", afirmou o ministro.
O caso de Marçal pode seguir o precedente de 2021, quando o TSE cassou o ex-deputado estadual Fernando Francischini por divulgar notícias falsas sobre o sistema de votação. Se as acusações forem comprovadas, o tribunal pode aplicar punições semelhantes. O desfecho deste processo trará implicações relevantes para o cenário político.