Desde que tomou conhecimento das ações movidas pelo PT e PL para cassar seu mandato em 2023, Sergio Moro (União-PR) optou por uma estratégia distinta da adotada por seu colega Deltan Dallagnol. Enquanto Dallagnol atacava o Judiciário e se aproximava de críticos, Moro seguiu um caminho mais cauteloso, buscando apoio no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Senado para manter seu mandato.
Moro aprimorou suas habilidades políticas e procurou integrantes das cortes superiores e do Senado, transmitindo uma mensagem de respeito às instituições e evitando confrontos. Entre os magistrados, havia o receio de que a saída do ex-juiz permitisse a ascensão de um nome mais radical. Na política, Moro buscou apoio de figuras influentes como Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, reforçando seu compromisso com o resultado das eleições e a estabilidade institucional.
A postura conciliadora de Moro, aliada a um novo tom adotado pelo ministro Alexandre de Moraes em suas decisões, resultou na absolvição unânime do senador pelo Tribunal Superior Eleitoral, interpretada como um gesto de boa vontade da corte para com o Senado.