O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que a Mesa Diretora decidiu cassar os mandatos de Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro sem votação em plenário para evitar “conflito e estresse institucional”. Segundo Motta, “houve uma decisão capitaneada pelos líderes”, tomada após determinação do ministro Alexandre de Moraes para que a cassação ocorresse no prazo de 48 horas.
Alexandre Ramagem foi condenado a 16 anos de prisão e está nos Estados Unidos, sendo apontado como “foragido”. Eduardo Bolsonaro teve o mandato cassado por ultrapassar o limite de faltas enquanto permanece no exterior. A decisão administrativa ocorreu após o plenário da Câmara ter votado pela manutenção do mandato de Carla Zambelli em caso semelhante.
O deputado Sóstenes Cavalcante criticou a medida, afirmando que ela representa uma deformação do sistema político, ao permitir que decisões judiciais e administrativas se sobreponham ao voto popular. Com a cassação, Dr. Flávio (PL-RJ) assumiu a vaga de Ramagem, enquanto Missionário José Olímpio (PL-SP) passou a ocupar a cadeira deixada por Eduardo Bolsonaro.