Motta perde espaço enquanto Lira segue articulando nos bastidores

Antecessor mantém influência e negocia até anistia no “gabinete de baixo”

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Motta perde espaço enquanto Lira segue articulando nos bastidores
Reprodução

Hugo Motta, o presidente mais jovem da história recente da Câmara, enfrenta dificuldades para consolidar liderança enquanto Arthur Lira continua a centralizar articulações políticas.

Foi no gabinete de Lira, localizado no pavimento inferior, que se costurou o acordo para encerrar a ocupação da Mesa Diretora, sem participação direta do atual presidente.

Lira ampliou seu raio de ação após visitar Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, quando a pressão pela anistia aos condenados de 8 de janeiro ganhou força.

Ele também atua em negociações da PEC da blindagem e de outras pautas de impacto, mantendo protagonismo que esvazia a autoridade de Motta.

A fragilidade política do novo presidente ficou evidente quando tentou suspender mandatos de opositores sem apoio da própria Mesa.

Críticas nas redes sociais, onde passou a ser chamado de “Hugo Nem se Importa”, reforçam a percepção de que a sucessão formal não garantiu transferência real de poder.