O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apresentou uma denúncia alarmante contra seis envolvidos no caso dos pacientes infectados por HIV após transplantes de órgãos, revelando uma negligência de proporções devastadoras. O laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelos testes que liberaram órgãos contaminados, está no centro desse escândalo que abala a confiança no Sistema Nacional de Transplantes. A falta de fiscalização e o histórico de erros do laboratório foram cruciais para esse desfecho trágico.
Entre os acusados estão os sócios Walter e Matheus Vieira, além de funcionários e a coordenadora Adriana Vargas dos Anjos. Com práticas negligentes, o laboratório operava sem alvará, acumulando irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária, o que teria facilitado o erro fatal. Segundo a promotora Elisa Ramos Pittaro Neves, os envolvidos "tinham plena ciência dos riscos devastadores que o HIV representaria para pacientes imunossuprimidos", mas optaram por continuar as operações visando economia e lucro.
A denúncia destaca como os testes de qualidade dos exames foram negligenciados para cortar custos, usando reagentes degradados. A conduta irresponsável dos acusados, que resultou na exposição de pacientes vulneráveis ao vírus, traz à tona a urgência de se reforçar a fiscalização e a seriedade nas instituições de saúde que lidam com vidas humanas.