O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou a suspensão imediata de um acordo negociado pelo governo Lula, que dispensou a empresa Amazonas Energia de pagar uma multa superior a R$ 1 bilhão. A empresa, em processo de aquisição pelo grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, estaria sendo beneficiada de forma irregular, segundo o MP. O caso ganhou contornos de escândalo após a revelação de que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, realizou 17 reuniões não oficiais com representantes da J&F antes de editar a medida provisória que beneficiou os Batista.
O procurador Lucas Rocha Furtado solicitou ao TCU que avalie possíveis irregularidades na negociação entre o ministério e a Âmbar, empresa do grupo J&F, pedindo também a investigação dos supostos benefícios concedidos. O acordo firmado em abril isentou a Âmbar de penalidades por não cumprir prazos em um leilão de 2021, decisão não divulgada pelo Ministério de Minas e Energia. Furtado afirmou que o acordo é prejudicial ao interesse público e solicitou sua suspensão até que o TCU decida sobre o mérito. Se nenhuma ação for tomada, os novos termos começarão a valer em 22 de julho.