O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Pará recomendaram a anulação imediata de um contrato bilionário firmado por Helder Barbalho com a Coalizão Leaf, envolvendo a venda antecipada de 12 milhões de créditos de carbono. O acordo, celebrado às vésperas da COP30, foi classificado como especulativo e juridicamente frágil pelos procuradores.
O modelo, que atrela o futuro da floresta a interesses de gigantes como Amazon, Bayer e Walmart, ignora o papel do Estado e ameaça diretamente territórios indígenas, quilombolas e ribeirinhos. "Quem define o preço da floresta paraense são os países que mais destruíram o planeta", dispararam os promotores.
O governo tentou se justificar alegando que se trata de um pré-acordo sem venda efetiva. Mas, no fim, o que se vê é um Estado ajoelhado diante de interesses estrangeiros, vendendo promessas verdes enquanto sacrifica sua soberania ambiental.