O MST voltou a pressionar o governo Lula para acelerar a reforma agrária, exigindo o assentamento imediato de 120 mil famílias acampadas. A cena se repete: lideranças do movimento cobram, o governo finge escutar. “Não estamos contentes com a velocidade da reforma”, disse Márcio Santos, como se exigência sem mérito fosse política pública.
O ministro Paulo Teixeira tentou dourar a pílula: prometeu 30 mil escrituras até dezembro e disse que Lula é um “grande apoiador”. Mas a realidade mostra o contrário. O número atual é pífio, e a promessa soa como cortina de fumaça para encobrir a paralisia que se arrasta há décadas, alimentando discursos populistas e criando uma massa de dependentes.
Enquanto o MST atua como linha auxiliar do governo, o Planalto joga para a plateia com cifras e intenções. No fim, nem reforma agrária, nem desenvolvimento só marketing, loteamento de cargos e a velha chantagem dos invasores travestidos de “movimento social”.