O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) elevou o tom ao cobrar a exoneração do ministro Paulo Teixeira, apontando insatisfação com a gestão do Desenvolvimento Agrário. O movimento critica o ritmo da reforma agrária e pede a substituição de lideranças, alegando incapacidade de atender às demandas de assentamentos. “Não é algo pessoal, mas precisamos defender nossa base”, afirmou Diego Moreira, dirigente do MST. Apesar da promessa de assentar 20,4 mil famílias em 2025, o movimento exige um número três vezes maior.
A pressão ocorre em paralelo à análise de um projeto de lei que visa regular movimentos sociais com atuação nacional, obrigando-os a formalizar sua estrutura jurídica. Proposta pelo deputado Coronel Assis, a medida visa impedir "transbordos da legalidade", garantindo maior controle sobre organizações como o MST. A legislação exigirá que esses movimentos possuam um único CNPJ, limitando eventuais desvios em suas operações.
As divergências entre governo e movimento reforçam a fragilidade de alianças que sustentaram promessas de campanha. Ao mesmo tempo, iniciativas como a proposta de Assis revelam o esforço para conter excessos e trazer equilíbrio à atuação de grupos sociais. O contexto expõe um embate decisivo entre demandas de militância e os desafios de governança, onde soluções eficientes ainda parecem distantes.