Em meio à calamidade das enchentes que afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiu o antigo prédio do INSS no centro histórico de Porto Alegre. O edifício de 25 andares, parcialmente inundado, foi ocupado para pressionar a adaptação de imóveis para moradia popular. Representantes do movimento e do INSS se reuniram para discutir a situação, com o órgão manifestando preocupação com a segurança dos ocupantes.
O MTST critica as "cidades provisórias" propostas pelo governo estadual para abrigar os desalojados, argumentando que prédios urbanos, como o do INSS, poderiam ser melhor aproveitados. A coordenadora nacional do movimento, Cláudia Ávila, destacou a capacidade de organização coletiva do MTST em momentos de crise. Enquanto isso, o governo do estado avança com o projeto das cidades provisórias, equipadas para oferecer condições básicas de vida aos desabrigados. A invasão intensifica o debate sobre as políticas de habitação e a gestão de crises no país.