O medo de uma derrota esmagadora nas eleições de 2026 levou o governo a buscar uma mudança nas regras eleitorais do Senado. A proposta do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que visa limitar os eleitores a escolherem apenas um candidato ao invés de dois, é uma tentativa descarada de garantir vitórias para candidatos governistas e bloquear as “dobradinhas” da direita. Isso aumentaria a chance de senadores do governo serem eleitos, enquanto enfraqueceria o poder popular de escolha.
Com a renovação de 54 cadeiras no Senado, essa manobra busca impedir que a oposição, especialmente a direita, consiga uma maioria capaz de controlar a Casa. Randolfe, cuja reeleição está em risco, não esconde o seu objetivo de concentrar os votos da esquerda em um único nome, visando melhorar suas próprias chances. Essa estratégia não é apenas uma tentativa de reeleição, mas um jogo de poder para evitar que um Senado mais independente e fiscalizador ameace os interesses do governo.
A mudança nas regras é uma clara tentativa de consolidar o controle do Senado por parte da esquerda e de barrar a possibilidade de um impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes. Com essa alteração, o governo tenta blindar seus aliados e garantir a perpetuação do status quo, sem considerar a vontade do povo e os princípios democráticos.