O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, deu uma declaração contundente ao rechaçar novos aportes financeiros à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), destacando que o Estado "não pode ficar pagando para as pessoas estudarem lá". A declaração veio em meio a protestos e ocupações por parte dos alunos, que se revoltaram após cortes em benefícios, incluindo a controversa "bolsa maconha". Para Castro, a universidade pública já cumpre seu papel ao oferecer educação gratuita, mas ultrapassar essa linha, com subsídios exagerados, seria desvirtuar a função do Estado.
O governo já havia repassado 150 milhões de reais à UERJ, valor destinado a cobrir bolsas permanência e despesas operacionais. No entanto, a mudança nos critérios de auxílio financeiro, que reduziu o limite de renda para elegibilidade, gerou insatisfação entre os estudantes. Cerca de 1.200 alunos foram excluídos do programa, levando a bloqueios de acessos ao Pavilhão João Lyra Filho.
A postura firme do governador ressalta a visão conservadora de que o Estado deve priorizar a eficiência em vez de sustentar políticas paternalistas, rejeitando a ideia de financiar "badernas" universitárias. Ao confrontar as exigências estudantis, Castro reafirma a importância do equilíbrio fiscal e da responsabilidade pública na gestão dos recursos do Estado.