Não é sobre armas, é sobre liberdade

As primeiras ações de um regime totalitário é atacar esses direitos: liberdade de expressão e legítima defesa

· 2 minutos de leitura
Não é sobre armas, é sobre liberdade
Reprodução

Por Gustavo Lopes

Os regimes totalitários, ao longo da história, tinham alguns traços em comum: supressão das liberdades individuais, aparato estatal controlador, alta carga tributária e, claro, proibição de que os cidadãos tenham armas e se expressem livremente. Lembrou algum lugar?

Pois é, no Brasil, o binômio liberdade de defesa e de expressão é considerado um atentado ao tal “Estado Democrático de Direito”. Não por acaso Stalin, o comunista genocida (com perdão do pleonasmo), costumava ponderar que “se não permitimos que nossos inimigos tenham armas, porque vamos permitir que tenham ideias?”.

O “inimigo”, no caso, somos nós, o povo. Os “pequenos tiranos”, que ousam ter opinião e insistem em ter o direito de defender sua vida e de sua família. E isso não tem absolutamente nada a ver com esquerda ou direita. O direito à legítima defesa inclusive está (ou deveria estar) acima de qualquer lei. Isso é algo intrínseco ao ser humano antes mesmo do surgimento do Estado.

As primeiras ações de um regime totalitário é atacar esses direitos: liberdade de expressão e legítima defesa. Logicamente que alegam fazer isso em nome da democracia, da liberdade e dos mais altos valores. Mentira! Simplesmente, mentira. Trata-se única e exclusivamente de controle social. Benjamin Franklin, um dos pais fundadores dos Estados Unidos e um sujeito que, definitivamente, não se pode taxar de antidemocrático, dizia que um governo que não confia em seus cidadãos armados não merece confiança. A ele também é atribuída a sentença de que “quando todas as armas forem de propriedade do governo, ele decidirá de quem são as outras propriedades”.

De novo, conseguem ver alguma semelhança com o nosso atual estado de coisas? Percebem que o controle total está sendo feito lentamente, como um salame cortado em finas fatias? Não se enganem, condenar as redes sociais não tem nada a ver com democracia. Pelo contrário, tem a ver com controle social. E isso afeta a todos.

Proibir que o cidadão tenha uma arma para defender sua família, não tem nada a ver com combate à violência, tem a ver com monopólio da força. E detalhe: neste ano completam-se 20 anos do plebiscito que perguntou à sociedade se era contra o comércio de armas de fogo. Lembram disso? Pois bem, a vontade popular decidiu, por esmagadora maioria, que não deveria haver tal restrição, mas esse resultado do plebiscito – expressão máxima da democracia (plebiscito: decreto da plebe) – jamais foi respeitado.

O argumento, patético de tão frágil, de que menos armas resultaria em menos mortes, foi simplesmente destroçado pelos fatos: o número de mortes por armas de fogo cresceu vertiginosamente nesses anos de controle e restrição.

Essa restrição foi imposta pelos nazistas, na França ocupada; pelos comunistas, na União Soviética; pelos bolivarianos, na Venezuela; também em Cuba, na China, na Alemanha Oriental, na Coréia do Norte e inúmeras outras “democracias”. Os resultados (e objetivos) todos sabem quais foram. Quem são mesmo os tiranos?