A recente pesquisa Quaest escancarou uma realidade inegável: a popularidade de Lula desmorona e, pela primeira vez, a desaprovação supera a aprovação. A resposta do governo? Um amontoado de justificativas vazias, promessas recicladas e a aposta no controle de danos. O ministro Alexandre Padilha, em entrevista, admitiu que não existe "bala de prata" para reverter a queda e tenta vender a narrativa de que o governo já sabia dos desafios, enquanto a inflação sufoca a população de baixa renda.
A queda na aceitação de Lula é um reflexo direto das consequências de uma política econômica desastrosa. O alto custo dos alimentos e a instabilidade cambial destroem a capacidade de consumo da classe trabalhadora, justamente o público que o governo jurava proteger. A tentativa de reverter a crise passa por soluções genéricas, como o controle de estoques e o incentivo à produção, mas nada que realmente combata o cerne do problema: a incompetência administrativa.
Sem direção, o governo tenta salvar o pouco que resta de credibilidade. Fala-se em reforma do Imposto de Renda e em medidas para impulsionar o empreendedorismo, mas a falta de estratégia clara apenas reforça a fragilidade da gestão. O cenário é simples: sem mudanças reais, a rejeição tende a crescer, e nem os discursos vazios conseguirão impedir o inevitável.