Não há intenção de mudar a meta de zerar deficit, diz secretário

Titular do Tesouro Nacional, Rogério Ceron afirmou que trabalha com entes subnacionais para isso

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Não há intenção de mudar a meta de zerar deficit, diz secretário
Mateus Mello/Poder360

Em um movimento estratégico para reforçar a saúde econômica do Brasil, o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou nesta terça-feira (26) a intenção do governo em zerar o déficit primário já no próximo ano. Essa declaração vem em um momento crítico, após as contas do governo revelarem um déficit recorde de R$ 58,44 bilhões em fevereiro, marcando o pior desempenho para o mês na história. "Nós vamos continuar mantendo essa meta de resultado primário zero. Não há intenção de mudar", afirmou Ceron, destacando a seriedade do compromisso fiscal do país.

Além disso, o secretário delineou as metas futuras, visando um superávit de 0,5% do PIB em 2025. "Atingir ou não 0,5% é uma questão relativa desde que fique no campo do equilíbrio fiscal", disse, enfatizando a flexibilidade dentro do rigor fiscal necessário para a estabilidade econômica. Esse equilíbrio é fundamental para assegurar um crescimento sustentável e robusto, livre das amarras da dívida excessiva e do gasto público descontrolado.

No que diz respeito aos Estados, Ceron esclareceu que o programa de repactuação de dívidas com as unidades federativas é compatível com os objetivos fiscais. Uma operação de crédito de R$ 3 bilhões estará disponível para aqueles que não forem contemplados na repactuação inicial, além da possibilidade de redução nas taxas de juros para Estados que investirem no ensino médio.

Destacando a importância do ensino profissionalizante, o secretário apontou o potencial de crescimento estrutural de mais de 2,34% do PIB, sublinhando que "o pacto pela educação profissionalizante no Brasil une todos". Com investimentos que podem chegar a R$ 8 bilhões por ano da adesão dos Estados, Ceron vislumbra uma transformação educacional que pode posicionar o Brasil entre os países com melhores indicadores em um horizonte de quatro a cinco anos.

Esta abordagem, que combina responsabilidade fiscal com investimentos estratégicos em educação, reflete a visão conservadora de um governo comprometido não só com a estabilidade financeira, mas também com o desenvolvimento humano e econômico de longo prazo. Ao enfrentar os desafios com determinação e visão estratégica, o Brasil se posiciona no caminho do crescimento sustentável e da prosperidade.