Natal de preços amargos: ceia pesa no bolso dos brasileiros

A alta no custo dos alimentos desafia as famílias e transforma tradições em luxo

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Natal de preços amargos: ceia pesa no bolso dos brasileiros
 Imagem Canva

O Natal de 2024 chega com um peso a mais: o bolso apertado das famílias brasileiras. Um levantamento da Fecomércio-SP revela que o custo médio da ceia subiu 9,54%, mais que o dobro da inflação acumulada no período, de 4,77%. Na Grande São Paulo, o aumento é ainda mais expressivo, atingindo 12,07%. Itens como batata, azeite e carne bovina despontam como vilões do orçamento, com altas de até 30,82%. Segundo especialistas, o impacto é consequência de fatores como o dólar elevado, problemas climáticos e a crescente demanda externa.

Entre os alimentos tradicionais, a carne bovina se tornou símbolo da crise. No Mercado Municipal de São Paulo, cortes nobres como filé mignon alcançaram a marca de R$ 116 por quilo, aumento de quase 80% em relação ao ano anterior. Sandra Maria Zuffo, proprietária de um açougue, relata que os consumidores estão cautelosos, migrando para alternativas mais acessíveis como frango ou peixe. Nem mesmo os parcelamentos oferecidos aliviam o desafio de manter as tradições natalinas.

Comerciantes e economistas sugerem estratégias para mitigar os impactos, como antecipar compras e aproveitar promoções. Mesmo assim, a ceia de Natal, símbolo de união e fartura, reflete um cenário de dificuldades. O espírito natalino se mantém, mas com ajustes na mesa, em uma tentativa de preservar a celebração sem comprometer o orçamento já pressionado.