Nicolás Maduro, o ditador da Venezuela, reagiu com veemência às sugestões de novas eleições livres feitas pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente colombiano Gustavo Petro. Em uma declaração feita nesta quinta-feira (15), Maduro refutou a ideia de um novo pleito no país e desafiou as críticas externas. Ele acusou Lula de "diplomacia de microfone" e questionou a legitimidade das eleições brasileiras, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro como um "aliado da extrema-direita fascista".
Maduro destacou que as alegações de fraude no Brasil foram decididas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e criticou a intervenção externa, afirmando que “ninguém na Venezuela e em nosso governo pediu algo” sobre o processo eleitoral brasileiro. O ditador também fez referência aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram os Três Poderes no Brasil, comparando-os ao que considera uma tentativa de golpe e reafirmando a posição venezuelana contra a violência e o fascismo.
A resposta de Maduro não apenas reflete a tensão entre os líderes da América Latina, mas também desafia a influência dos países vizinhos na política interna venezuelana, reafirmando sua postura rígida e autônoma.