Nikolas Ferreira apontou a falta de coerência de setores que adotam uma mentalidade claramente revolucionária dentro do campo conservador. Segundo ele, até pouco tempo atrás, determinadas figuras eram rotuladas como “sistema” e, por isso, tratadas como intocáveis ou inaceitáveis para qualquer composição política, ainda que isso significasse enfrentar dificuldades estratégicas.
O deputado observou que o mesmo grupo que antes rejeitava alianças passou a mudar de discurso conforme a conveniência do momento. Sem entrar na defesa de nomes específicos, Nikolas destacou que não vê problema político no apoio a Flávio Bolsonaro algo legítimo dentro do jogo democrático, mas questionou a incoerência de quem, ontem, atacava duramente determinadas lideranças e, hoje, celebra as mesmas figuras sem qualquer constrangimento.
Para Nikolas, essa postura errática acaba manchando o campo conservador como um todo. Ele afirmou que, em diversos momentos, opta pelo silêncio justamente para preservar pessoas e evitar conflitos maiores. Segundo o parlamentar, se utilizasse contra seus críticos as mesmas armas que frequentemente usam contra ele, o desgaste seria profundo e prejudicial não apenas a indivíduos, mas a toda a direita.
