A decisão do governo de nomear Gleisi Hoffmann para o Ministério das Relações Institucionais causou imediata instabilidade no mercado financeiro. A Bolsa de Valores despencou, enquanto o dólar disparou, atingindo R$ 5,90, reflexo da preocupação dos investidores com a condução política e econômica do país. Conhecida por sua postura intransigente, Gleisi gera desconfiança entre agentes do setor produtivo, aumentando o risco de travamento de pautas essenciais no Congresso.
Além do temor sobre a articulação política, circulam rumores de uma possível saída de Fernando Haddad do Ministério da Fazenda, ampliando as incertezas. Conflitos internos no governo, como as disputas entre Haddad e Rui Costa, indicam um cenário de instabilidade, o que reforça a desconfiança dos investidores e prejudica a economia. O mercado teme uma guinada ainda mais ideológica nas decisões fiscais, afastando o capital e fragilizando a confiança empresarial.
O impacto da escolha de Gleisi não se limita ao mercado. Com um Congresso já resistente, a nomeação pode dificultar ainda mais as negociações, comprometendo o avanço de reformas essenciais. Se o governo insistir em decisões políticas que ignoram a necessidade de estabilidade econômica, o resultado será um país cada vez mais vulnerável, com reflexos diretos no crescimento, no emprego e na confiança do setor produtivo.