Com a chegada de Magda Chambriard, uma figura apoiada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, à presidência da Petrobras, a estatal brasileira passou por uma reestruturação significativa, revelando o fortalecimento da influência petista e sindical na empresa. Em apenas alguns meses, 17 gerências-executivas foram ocupadas por novos nomes, dos quais três são ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e um ao próprio PT. Essa movimentação sinaliza uma clara tentativa de instrumentalizar a Petrobras, ampliando o controle ideológico e partidário sobre uma das maiores empresas do país.
Entre os indicados pela FUP, William Nozaki, Rodrigo Leão e Eduardo Costa Pinto assumiram postos-chave nas áreas de Transição Energética e Sustentabilidade e de Exploração e Produção, setores vitais para o futuro da estatal. Esses nomes, com históricos de ligação direta com figuras centrais do PT, como Aloizio Mercadante e Dilma Rousseff, deixam evidente o alinhamento da nova gestão com a agenda política do partido, desviando a empresa de sua missão técnica e de seu compromisso com o mercado.
A nomeação de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete de Dilma Rousseff, como assessor especial em Brasília, reforça ainda mais a ligação da nova diretoria com o PT. Esse movimento na cúpula da Petrobras desperta preocupações sobre a utilização da empresa como ferramenta política, colocando em risco a integridade e a eficiência da gestão, em um momento em que o Brasil necessita de uma Petrobras forte, focada no desenvolvimento econômico e na geração de empregos, livre de interferências partidárias.