A posse de Magda Chambriard como presidente da Petrobras coloca em risco a permanência de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente. Em sua primeira coletiva, Chambriard destacou a necessidade de aumentar as reservas petrolíferas do país e a capacidade de refino, contrariando interesses ambientais. A nova presidente enfatizou: "Deu lucro? Queremos", sinalizando a intenção do governo de priorizar o setor petrolífero, inclusive com a exploração de novas fontes na foz do rio Amazonas e na região Sul.
A posição de Chambriard reflete uma preocupação do presidente Lula com a sobrevivência de seu governo, dependente da exploração de novas fontes de petróleo. Se o Ministério do Meio Ambiente continuar a bloquear projetos na foz do rio Amazonas, Lula poderá ser forçado a escolher entre manter Marina Silva ou avançar com suas políticas de expansão petrolífera. Este cenário remonta aos embates anteriores entre Marina e o governo, que resultaram na sua saída em 2008. A decisão final de Lula terá grande impacto na direção ambiental e econômica do país.