As decisões do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal resultaram, em 2024, na prisão de 23 aliados de Jair Bolsonaro, um aumento significativo em relação aos 15 detidos no ano anterior. Com apoio unânime da Primeira Turma do STF, as ações têm como foco os desdobramentos do 8 de Janeiro e supostos atos de desestabilização política. A composição da turma, incluindo figuras alinhadas como Flávio Dino e Cristiano Zanin, reforça um cenário de controle concentrado.
Essas ações incluem indiciamentos de Bolsonaro e outras 39 pessoas, com acusações que dependem da Procuradoria-Geral da República para avançar. Desde outubro, sob a presidência de Zanin, a Primeira Turma intensificou julgamentos pautados pela relatoria de Moraes, bloqueando perfis em redes sociais e congelando ativos financeiros de críticos. Recursos de plataformas como X e Rumble foram rejeitados sem análise de mérito.
A transferência das ações penais para as turmas do STF eliminou vozes divergentes, como as de André Mendonça e Nunes Marques. A unanimidade nas decisões da Primeira Turma evidencia um ambiente jurídico sem contrapesos, agravando tensões políticas e deixando a oposição sob pressão crescente em um cenário de judicialização da política.