O Brasil enfrentou em 2024 o pior cenário de queimadas dos últimos seis anos. Dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas, apontam que 29,7 milhões de hectares foram destruídos, um aumento de 90% em relação a 2023. A Amazônia lidera a devastação, com 16,9 milhões de hectares incendiados, sendo 7,6 milhões de florestas. No Cerrado, o fogo consumiu 9,6 milhões de hectares, enquanto o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos, representando aumentos alarmantes que desafiam qualquer gestão séria.
O Pará se destacou negativamente, com 6,97 milhões de hectares queimados, sendo 23% do total nacional. Mato Grosso e Tocantins somaram 9,5 milhões de hectares afetados, destacando a negligência com políticas de combate e prevenção. Municípios como São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS) foram epicentros da destruição, mostrando como comunidades locais sofrem com a incapacidade do poder público em adotar estratégias eficazes de proteção ambiental.
Em novembro, 2,2 milhões de hectares foram destruídos, evidenciando que a responsabilidade por tais tragédias vai além da retórica ambientalista. Enquanto biomas como a Amazônia e o Cerrado perdem vegetação nativa a taxas alarmantes, a falta de compromisso com políticas claras agrava a situação. A preservação do meio ambiente exige mais do que discursos: é preciso coragem para implementar soluções reais, que contemplem segurança e desenvolvimento sustentável.